Morre Procurador Que Comandou a Lava Jato

 Aos 45 anos de idade, o procurador da República Alessandro Oliveira, que comandou a Operação Lava Jato em Curitiba, morreu em 20 de maio de 2021. Ele estava internado em Curitiba e se tratava de um câncer. O procurador enfrentava problemas de saúde após ter sofrido um acidente vascular cerebral. Deixa mulher e dois filhos. O MPF (Ministério Público Federal) decretou luto de três dias.

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Alessandro José Fernandes de Oliveira
 
 Alessandro Oliveira passou a coordenar a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba depois da saída do procurador Deltan Dallagnol, em setembro de 2020. Dallagnol alegou que se dedicaria ao tratamento de saúde de uma filha.

 Em fevereiro deste ano, a força-tarefa foi encerrada, e as investigações foram encaminhadas ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPF.

 Oliveira e outros quatro procuradores, dos 15 que atuavam na operação, continuaram com dedicação exclusiva ao trabalho da Lava Jato.

Mensagens

 Deltan Dallagnol postou em uma rede social sobre a morte de Oliveira. Na publicação, ele disse que "a partida de Alessandro, coordenador da Lava Jato em Curitiba, marido e pai de um lindo casal de filhos, aos 45 anos, deixa tristeza e saudade".

 Augusto Aras, procurador-geral da República, também declarou: "O colega Alessandro fará falta neste momento em que estamos institucionalizando as forças-tarefas. Sua competência, dedicação, ponderação e lealdade ao MPF são exemplos a serem seguidos”.

Leia a íntegra da nota do MPF: 

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná lamenta profundamente a morte do procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira nesta quinta-feira (20). Com uma trajetória de 17 anos no MPF, o trabalho de Alessandro foi marcado pelo comprometimento, pela excelência e pela cordialidade.

Todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com Alessandro durante a brilhante carreira dedicada à defesa dos ideais do MPF trazem a marca de seu exemplo. Alessandro deixa ao Ministério Público Federal um legado de coragem e honradez, que servirá de guia a iluminar os que, como ele, dedicam a vida à missão constitucional de “promover a realização da justiça, a bem da sociedade e em defesa do Estado Democrático de Direito”.

Alessandro tinha 45 anos e começou sua trajetória como procurador da República em 2004 na PRM/Marabá (PA). No mesmo ano foi removido para a PRM/Foz do Iguaçu, onde ficou até 2007. Ainda em 2007, o procurador foi para a PRM/Paranaguá, indo definitivamente para a sede do MPF, em Curitiba, em 2013. Mas seu vínculo com ao MPF no Paraná é mais antigo: Alessandro foi servidor comissionado de 2002 a 2004.

Em 2013, ao assumir a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, Alessandro mostrou sua versatilidade e conhecimento jurídico, executando um trabalho marcante na área eleitoral, que até hoje é lembrado por colegas. No mesmo ano assumiu um novo desafio, mostrando seu comprometimento com o MPF: o de procurador-chefe substituto. O trabalho na esfera administrativa foi igualmente marcado pela dedicação, excelência e por sua capacidade de dialogar.

Na área criminal e de combate à corrupção, Alessandro teve a oportunidade de selar definitivamente seu comprometimento com a sociedade. De 2011 a 2013, o procurador foi conselheiro do Conselho Penitenciário do Estado do Paraná, e, de 2012 a 2016, foi coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública no Estado do Paraná.

Durante os anos de 2019 e 2020, o procurador esteve no Grupo de Trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), um reconhecimento nacional da excelência do seu trabalho, e onde ele conseguiu, novamente, trabalhar por uma sociedade mais justa e democrática.

Lava Jato – Recentemente, em 2020, em mais um ato de coragem e diante de um imenso desafio, Alessandro assumiu a coordenação da Lava Jato no Paraná. Com o lema “ninguém fica para trás”, o procurador cativou colegas com seu espírito coletivo e com sua forma empática e sempre respeitosa de dialogar. E, mais uma vez, mostrou a excelência do seu trabalho. Alessandro deixa um vazio como coordenador, mas muito mais como amigo, companheiro e exemplo de determinação, coragem e liderança.

Alessandro – sua pessoa e seu trabalho – está marcado na história do MPF, do Paraná e será sempre lembrado com carinho por todos aqueles que tiveram a honra de sua companhia.

Palavras são insuficientes para homenageá-lo. A maior dedicatória que podemos fazer à sua vida é seguir seu legado de destemor, convicção e dedicação ao órgão.

O MPF decreta luto oficial de três dias e presta condolências aos familiares e amigos de Alessandro.

Fontes:
G1
https://www.poder360.com.br/

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